Mesmo sabendo da tamanha importância, falar sobre menstruação ainda é tabu para muitas pessoas…
E, por conta desse tabu que cerca a menstruação, muitxs acabam banalizando e tratando como algo normal os sinais do próprio corpo…
Neste caso, estamos falando do sangramento intenso durante o período menstrual, que frequentemente é menosprezado.
Porém, ter um sangramento intenso, de grande volume, por um período extenso e que limita as atividades da sua rotina não é normal!
É, na verdade, sintoma de uma condição médica chamada de sangramento uterino anormal (SUA) ou menorragia.
Essa condição atinge uma em cada três mulheres em algum momento de suas vidas, de acordo com a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (FIGO)...
Sendo comum estar acompanhada de dores, desconfortos, perda de ferro e outros minerais.
A menorragia é o termo usado para definir períodos menstruais de sangramento anormal intensos e que duram mais de 7 dias.
E, segundo o site Cleveland Clinic, o sangramento menstrual intenso é comum, afetando de 27% a 54% das pessoas que menstruam.
Porém, mesmo sendo uma condição considerada comum, é preciso tratá-la, pois pode ocasionar doenças mais graves, certo?
Pensando nisso, no conteúdo de hoje, vamos falar tudo sobre a menorragia, suas causas, diagnósticos e tratamentos…
Então, se você é uma pessoa cheia de dúvidas sobre o assunto e quer saber o que é menorragia, continue a leitura deste artigo!
O que é a menorragia?
A hipermenorréia, também chamada de menorragia, é o nome que se dá ao fluxo menstrual mais intenso e mais abundante que o normal.
Ou seja, a menstruação em quem tem menorragia dura mais de sete dias ou ela perde muito sangue durante a menstruação.
Geralmente, a menorragia também intensifica os sintomas do período pré-menstrual…
Com isso, a pessoa tem a qualidade de vida comprometida e não consegue fazer as atividades da sua rotina por causa dos sintomas e sangramento intenso.
Como saber se você tem sangramento intenso?
A grande dúvida de muitxs é como saber se o fluxo menstrual é normal ou intenso…
Isso porque é normal que o fluxo menstrual venha mais intenso nos primeiros dias de menstruação…
Porém, logo após o segundo dia do período, a intensidade do fluxo menstrual diminui.
Por outro lado, o sangramento intenso que não diminui e costuma durar mais dias do que o fluxo menstrual NÃO É normal.
Sendo assim, separamos alguns tópicos do sangramento intenso para que você consiga identificar com mais facilidade:
- Quando você precisa trocar o absorvente a cada hora;
- Quando você precisar acordar no meio da noite para trocar o absorvente;
- Quando os períodos menstruais são maiores do que sete dias;
- Quando há grandes coágulos de sangue no fluxo menstrual;
- Quando há dor ou cólica na região inferior do abdômen durante os períodos menstruais;
- Quando seu fluxo menstrual te impede de fazer as coisas que faria normalmente;
- Quando você se sente cansada, sem energia ou falta de ar.
É importante lembrar que um absorvente interno comum suporta apenas um volume de 6 a 9 ml de líquido…
E, por esse motivo e outros motivos, ele não é tão indicado para quem tem menorragia ou um fluxo mais intenso.
Agora, para você ter uma ideia, o coletor menstrual Fleurity pode chegar a 33 ml, o que traz muito mais tranquilidade e praticidade.
Sendo assim, o coletor menstrual é o mais indicado pela sua capacidade em coletar maior quantidade de sangue…
E para você usar com segurança em fluxos intensos, basta esvaziá-lo com mais frequência, certo?
Quais as causas de menorragia?
Em alguns casos, as causas do sangramento menstrual intenso não são conhecidas, porém, várias doenças podem causar menorragia.
Sendo assim, separamos algumas das causas mais comuns da menorragia:
Desequilíbrio hormonal
Em um ciclo menstrual normal, o equilíbrio dos hormônios estrogênio e progesterona regulam o acúmulo do revestimento do útero – conhecido como endométrio.
Sendo assim, o acúmulo de revestimento é eliminado durante a menstruação.
Com isso, se ocorrer um desequilíbrio hormonal, o endométrio se desenvolve excessivamente, causando um sangramento menstrual excessivo.
Esse desequilíbrio hormonal pode ser causado por uma série de condições: como a síndrome dos ovários policísticos, obesidade, resistência à insulina e problemas de tireoide.
Disfunção dos ovários
A disfunção dos ovários ocorre quando (não) os ovários não liberam um óvulo – processo conhecido como ovulação – durante um ciclo menstrual.
Se a ovulação não ocorre, o corpo deixa de produzir o hormônio progesterona, como faria durante um ciclo menstrual normal…
Isso também causa um desequilíbrio hormonal que pode resultar em menorragia.
Miomas uterinos
Os miomas uterinos benignos costumam aparecer durante a idade fertil da mulher.
Os miomas provocam períodos menstruais intensos e prolongados, além de sangramentos mensais atípicos e normalmente com coágulos.
Infelizmente, a perda de sangue intensa pode levar à carência ou ausência de ferro no organismo, o que pode ocasionar anemia.
Adenomiose
A adenomiose é uma doença ginecológica na qual ocorre quando as glândulas endometriais se integram ao músculo uterino.
Sendo assim, a adenomiose costuma causar frequentemente sangramentos intensos e prolongados, com coagulos, cólicas fortes e dores durante as relações sexuais.
DIU e outros medicamentos
O fluxo menstrual intenso e mais longos é um efeito colateral conhecido do uso do DIU não hormonal – o DIU de cobre – para contracepção.
Usuárias do DIU não hormonal também relatam escapes ou sangramentos não previstos, principalmente durante os primeiros meses de uso.
Por não liberar hormônios, o DIU de cobre é considerado um método anticoncepcional vantajoso e com poucos efeitos colaterais…
Porém, é comum que exista aumento do fluxo menstrual e cólicas intensas durante a menstruação.
É importante ficar atenta ao uso de alguns medicamentos como anticoagulantes e anti-inflamatórios, pois eles podem alterar o seu fluxo menstrual.
Em uma consulta com um(a) ginecologista, não esqueça de informar se estiver utilizando algum medicamento para receber as orientações necessárias.
Complicações na gravidez
Algumas complicações durante uma gravidez que não evoluiu podem ocasionar no aumento do fluxo menstrual…
Ou seja, quem passou por um aborto espontâneo pode sofrer com fluxos menstruais mais intensos e longos.
Outra causa de sangramento intenso é a gravidez ectópica, que é quando o embrião se desenvolve fora do útero.
Câncer
O câncer uterino e o câncer cervical podem causar sangramento menstrual intenso.
Especialmente, se a mulher estiver passando pela menopausa.
Remédios
Certos medicamentos, incluindo anti-inflamatórios, medicamentos hormonais, podem promover sangramento menstrual intenso ou prolongado.
Outras condições
A menorragia pode estar associada a outras condições médicas, como problemas renais, na tireóide ou no fígado.
Como a menorragia é diagnosticada?
Para diagnosticar as causas da menorragia, o(a) ginecologista irá perguntar sobre o seu histórico menstrual e de saúde…
Incluindo informações sobre qualquer método contraceptivo que você use.
Elxs podem pedir para você acompanhar sua menstruação e manter um diário de sintomas que inclui informações sobre a gravidade do fluxo menstrual, coagulação e cólicas.
Pode acontecer que nenhuma causa seja identificada, no entanto, existem vários exames que ajudam a determinar a causa da menorragia.
Confira abaixo quais são as opções de exames:
Exames de sangue
Os exames de sangue são usados para ajudar o médico a obter informações sobre seus níveis hormonais, função da tireoide ou deficiência de ferro.
Eles também podem ser usados para identificar problemas de coagulação ou gravidez.
Ultrassom transvaginal
Este teste é usado para identificar uma possível anormalidade no útero, como miomas e gravidez ectópica.
Ultrassonografia do útero
A ultrassonografia do útero realizada com contraste salino pode ser usada para procurar miomas, pólipos e lesões malignas.
Exame de Papanicolau
Isso pode ajudar o médico a identificar possíveis alterações cervicais, incluindo infecção, inflamação ou câncer.
Biópsia endometrial
A biópsia endometrial é usada para verificar se há tecido anormal ou câncer no revestimento uterino.
Histeroscopia
Este procedimento minimamente invasivo pode ser feito para analisar melhor o revestimento uterino e a cavidade.
Testes de função hepática
Se houver suspeita de doença hepática, um grupo de testes de sangue chamados testes de função hepática pode ser feito.
Também podem ser feitos exames de imagem que procuram danos ao fígado.
Como tratar a menorragia?
A menorragia pode causar complicações à saúde, como por exemplo, a anemia.
Então, por mais que essa condição seja considerada comum, ela precisa ser tratada e acompanhada por um especialista para evitar outras complicações.
Seu médico irá considerar sua idade e saúde geral e suas preferências pessoais ao encontrar o melhor tratamento para você.
O tratamento para menorragia pode incluir:
- Inibidores de prostaglandina: estes são medicamentos anti-inflamatórios não esteróides que ajudam a reduzir as cólicas e a quantidade de sangue;
- Pílulas anticoncepcionais: as pílulas interrompem a ovulação e resultam em períodos mais leves;
- Progesterona: este é um tipo de tratamento hormonal;
- Ablação: os profissionais de saúde usam este procedimento para destruir o revestimento do útero (endométrio);
- Histerectomia: esta é a remoção cirúrgica de todo o útero;
- Suplementos de ferro: se você tem anemia como resultado de uma grande perda de sangue, pode precisar de suplementos de ferro.
É importante lembrar que todo e qualquer tipo de tratamento é prescrito por um especialista, a automedicação pode trazer malefícios à saúde.
Sendo assim, se você tem sangramento intenso, procure um(a) ginecologista para avaliar as possíveis causas e o tratamento ideal para o seu caso.
Chegamos ao fim de mais um conteúdo recheado de curiosidades e informações aqui no Blog da Fleurity!
Esperamos que você tenha gostado e todas as suas dúvidas tenham sido esclarecidas.
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