O que é o assoalho pélvico?
O assoalho pélvico é composto por um conjunto de músculos que ficam localizados na nossa região íntima e formam uma espécie de “rede de sustentação” para os órgãos pélvicos. Além disso, promove a continência urinária e fecal (ajudam a gente a segurar o xixi e o cocô).
Exercícios de Kegel
Como qualquer outro grupo muscular, os músculos íntimos precisam ser exercitados ao longo da vida para que estejam sempre desempenhando sua função de forma eficiente. Para isso, existem técnicas específicas de contrair e relaxar a região, os chamados “Exercícios de Kegel”, que consistem em contrair, fortemente, o assoalho pélvico, como se você quisesse “prender” o xixi ou cocô.
Você sabe o que é Pompoarismo?
Há, ainda, uma modalidade chamada “Pompoarismo”, que tem se popularizado bastante. O Pompoarismo é uma tradição milenar originária da Índia, nela os exercícios são passados de avó para mãe e de mãe para filha. A técnica se baseia em ativar esses músculos, contribuindo para fortalecer a região. A diferença é que no Pompoarismo estão envolvidas diversas questões tradicionais e culturais. Por isso, é uma prática “para além” dos exercícios.
Por que é importante exercitar o assoalho pélvico?
Exercitar essa parte do corpo ajuda a prevenir e tratar uma série de problemas como incontinência urinária/fecal e distopias urogenitais (prolapsos, popularmente, conhecidos como “bexiga caída”, “útero caído”, etc), além de melhorar o desempenho e satisfação sexual (trabalham a consciência corporal, melhoram a irrigação sanguínea na região e, com isso, melhoram também a lubrificação).
Os exercícios podem ser feitos em qualquer fase da vida, inclusive no período gestacional, quando a mulher está mais suscetível às perdas urinárias, em vista do aumento do volume abdominal.
Mas, como realizar os exercícios?
Existem dois jeitos de fazer:
1: Contraia e segure com a maior força possível, o tempo que conseguir, por até 10 segundos. Relaxe por 30 segundos e repita.
2: Contraia e solte, rapidamente, os músculos do assoalho pélvico com toda força possível. Faça isso 10 vezes seguidas e descanse 30 segundos. Repita.
Essa é a instrução básica. Mas, como cada pessoa é única, a forma de realizar os exercícios também é individual e varia de acordo com a necessidade de cada um. Sendo assim, o ideal seria passar por uma avaliação com um fisioterapeuta pélvico para saber se existe algum problema instalado ou se a força do seu assoalho pélvico está adequada.
Sou iniciante no assunto e agora?
Existem também pessoas que não possuem a consciência corporal suficiente para fazer a contração (ou seja, que não conseguem identificar quais músculos contrair e, assim, se fizerem sozinhas podem fazer de forma errada). Nesses casos, o fisioterapeuta dispõe de muitos recursos complementares para ensinar a paciente e se o problema de consciência corporal persistir, a eletroterapia pode ser uma grande aliada para ativar essa musculatura.
Falando de prevenção, é muito importante que a mulher comece a ter um olhar direcionado ao assoalho pélvico o quanto antes! Se animou? Então bora contrair?
Texto escrito por Claudia Milan (Fisioterapeuta pélvica).
Conclusão
Esclareça todas as suas dúvidas sobre o que é, como funciona, o que são os exercícios de Kegel e qual a importância do seu assoalho pélvico, nesse texto super completo e interessante escrito pela fisioterapeuta pélvica Claudia Milan.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Fontanella, T. A Arte do Pompoarismo: Autoconhecimento, Prazer e Alegria (2010). Encontro Paranaense, Congresso Brasileiro de Psicoterapias Corporais (Anais). Curitiba. Nolasco, J., Martins, L., Berquo, M., & Sandoval, R. A. (2008). Atuação da cinesioterapia no fortalecimento muscular do assoalho pélvico feminino: revisão bibliográfica. Revista Digital, Buenos Aires, 117. Piassarolli, V. P., Hardy, E., Andrade, N. F. D., Ferreira, N. D. O., & Osis, M. J. D. (2010). Treinamento Dos Músculos Do Assoalho Pélvico Nas Disfunções Sexuais Femininas. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. Pinto e Silva, M.P., Marques, A.A., Amaral, M.T.P. (2019). Tratado de Fisioterapia em Saúde da Mulher. 2ªED. Editora Roca. Rio de Janeiro.