Coceira, ardência, corrimento vaginal…
Algumas mulheres já passaram pela experiência, nada agradável, de sentir alguns desses sintomas na região íntima.
Esses são alguns dos sintomas de uma doença pouco conhecida pelas mulheres…
Até mesmo para aquelas que costumam ir ao ginecologista regularmente…
Estamos falando dela: a vaginite!
A vaginite são inflamações ou infecções que afetam muitas mulheres ao longo da vida…
Esse problema acomete a região da vulva e da vagina, causando sintomas desagradáveis.
No entanto, você sabia que existe mais de um tipo de vaginite?
E, apesar de ser mais comum nas mulheres, a vaginite também afeta os homens.
Pensando nisso, no conteúdo de hoje vamos falar sobre os tipos mais comuns da vaginite, sintomas, causas e tratamentos.
Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue a leitura amiga!
Vaginite atrófica
A vaginite atrófica – também conhecida como atrofia vaginal – costuma ser mais comum no período da menopausa.
Atrofia vaginal ocorre quando as paredes da vagina ficam finas, secas e inflamadas…
Isso pode acontecer quando seu corpo produz menos estrogênio, como durante e após a menopausa.
De acordo com a Associação Americana de Médicos de Família, até 40% das mulheres apresentam sintomas de vaginite atrófica após a menopausa.
Além disso, mulheres com atrofia vaginal têm maior chance de infecções vaginais crônicas e problemas de função urinária.
Possíveis causas da vaginite atrófica
A principal causa da vaginite atrófica acontece quando o corpo passa a produzir menos estrogênio.
Sem estrogênio, o tecido vaginal fica mais fino e seco…
Com isso, ele se torna menos elástico, mais frágil e mais facilmente ferido.
A queda do estrogênio pode ocorrer em outros momentos além da menopausa, incluindo:
- Durante a amamentação;
- No período pós-parto;
- Tratamento para a área pélvica;
- Diabetes não controlada;
- Quimioterapia;
- Estresse severo;
- Depressão;
- Exercícios rigorosos;
- Após a remoção dos ovários.
Você sabia que ter relações sexuais regulares ajudam a manter os tecidos vaginais saudáveis?
Além disso, uma vida sexual saudável também beneficia o sistema circulatório e melhora a saúde do coração.
Sintomas da vaginite atrófica
Embora a atrofia vaginal seja comum, apenas 20 a 25% das mulheres sintomáticas procuram atendimento médico de seu médico.
Em algumas mulheres, os sintomas ocorrem durante a perimenopausa ou nos anos que antecedem a menopausa.
Em outras mulheres, os sintomas podem não aparecer até anos mais tarde, ou nunca.
Confira abaixo os sintomas comuns da vaginite atrófica:
- Afinamento das paredes vaginais;
- Encurtamento e aperto do canal vaginal;
- Secura vaginal;
- Inflamação vaginal;
- Desconforto durante a relação sexual;
- Dor ou queimação ao fazer xixi;
- Infecções no trato urinário;
- Incontinência urinária (vazamento involuntário).
Tratamentos para vaginite atrófica
Com o tratamento é possível melhorar a saúde vaginal e a qualidade de vida.
No entanto, é importante lembrar que qualquer tipo de tratamento deve ser feito com acompanhamento médico e receitado por ele.
Lubrificante vaginal
Em casos leves, um lubrificante vaginal solúvel em água pode ajudar a tratar a secura vaginal e proporcionar alívio durante a relação sexual.
É importante lembrar que vaselina, óleo mineral ou outros óleos não são adequados…
Eles podem aumentar a chance de infecção e podem danificar preservativos de látex ou diafragmas.
Reposição hormonal
A terapia de reposição hormonal (TRH) na forma de comprimido, gel, adesivo ou implante, pode fornecer estrogênio a todo o corpo...
A TRH localizada é aplicada topicamente e concentra o tratamento na área afetada.
Comprimidos, cremes, anéis e pessários vaginais podem ser aplicados internamente para direcionar o suprimento de estrogênio para a área vaginal.
Sendo assim, a terapia de reposição hormonal pode ser eficaz, mas pode haver efeitos colaterais...
Por esse motivo, é preciso discutir os riscos da TRH de longo prazo com seu médico.
Candidíase
A candidíase é uma infecção causada por um fungo chamado Candida Albicans que pode afetar qualquer órgão ou sistema do nosso organismo…
Porém, a candidíase vaginal é a mais comum, sendo considerada uma das principais infecções que atingem a vulva e a vagina!
Essa infecção é tão comum que 3 em cada 4 mulheres terão pelo menos um episódio de candidíase vaginal ao longo da vida.
Esse fungo está presente no nosso organismo em pequenas quantidades e vivem em equilíbrio com a flora vaginal.
Porém, quando o organismo está em desequilíbrio, a produção do fungo pode aumentar e desenvolver a candidíase…
Ou seja, a principal causa da candidíase está ligada à queda da imunidade e também às alterações do pH vaginal!
A candidíase gera uma inflamação no canal vaginal e na vulva, por esse motivo, ela também é conhecida como vulvovaginite por candida…
A inflamação provoca sintomas desconfortáveis e que comprometem a saúde da vagina…
Apesar de ser mais frequente em mulheres, a candidíase também pode surgir em homens.
Normalmente, o tratamento é feito com pomadas ou remédios que eliminam os fungos que estão provocando a doença, ajudando no alívio dos sintomas.
Então, fique tranquila, pois a candidíase tem cura!
Possíveis causas da candidíase
Como já te falamos aqui, a principal causa da candidíase está relacionada com a baixa imunidade. Lembra?
Porém, existem outros fatores que podem favorecer a proliferação do fungo Candida Albicans.
Vamos conferir o que causa candidíase vaginal:
- Uso de absorventes;
- Estresse e ansiedade;
- Uso de roupas apertadas e molhadas;
- Uso de antibióticos
- Gravidez;
- Diabetes;
- Infecções sexualmente transmissíveis;
- Uso de anticoncepcionais;
- Relações sexuais desprotegidas;
- Uso de duchas vaginais.
Sintomas da candidíase
Há mulheres que relatam sentir apenas uma coceira no canal vaginal…
Em outros casos, algumas dizem sofrer com todos os sintomas da infecção vaginal – e que vamos listar quais são logo abaixo.
Afinal, a candidíase pode ser classificada como assintomática ou sintomática com graus diferentes, sendo: leve, moderada ou severa!
Você sabia que apenas 20% das mulheres são assintomáticas – não sofrem com nenhum sintoma – quando falamos em candidíase?
Por esse motivo, os sintomas são algo muuuito pessoal e cada pessoa sente os sintomas de formas diferentes!
Conheça os principais sintomas da candidíase vaginal:
- Coceira intensa na região genital;
- Dor e/ou ardência durante as relações sexuais;
- Dor e/ou ardência para fazer xixi;
- Inchaço, vermelhidão e ardência na região genital;
- Fissuras na mucosa, parecidas com assadura;
- Corrimento esbranquiçado com consistência de leite coalhado.
Além disso, os sintomas da candidíase podem se agravar antes de chegar o período menstrual devido às alterações dos níveis hormonais.
Por isso, é importante lembrar que ao apresentar esses sintomas você deve consultar o seu – ou sua – ginecologista…
Com o acompanhamento médico você terá o diagnóstico correto e fará os exames necessários para iniciar o tratamento adequado.
Tratamentos para candidíase
É essencial lembrar que o tratamento deve ser feito com acompanhamento médico e os medicamentos receitados por ele…
Porém, existem algumas ações que podem te ajudar a prevenir a candidíase e manter tudo ok com a sua saúde íntima!
Vamos conferir como se prevenir:
Evitar o uso de absorventes diários
Os absorventes e protetores diários favorecem a proliferação de fungos, e também, o desenvolvimento da candidíase...
Afinal, esses produtos desequilibram o pH vaginal, além de abafar a ppk, deixando a região genital úmida e quente!
A indicação é que os absorventes e protetores diários sejam evitados ou usados apenas em situações específicas.
Além disso, você também tem uma opção mais saudável…
Que é o coletor menstrual Fleurity!
Realizar a higiene íntima adequadamente
Lavar a região genital somente com água e sabonete neutro é muuuito importante!
Mas, você também pode optar por sabonetes líquidos íntimos que são recomendados por serem especificamente para a região da vulva.
É importante lembrar que a nossa vagina faz a sua própria limpeza sozinha, então, a limpeza é feita apenas na parte de fora – ou seja, na vulva!
Devido a essa característica de autolimpeza, os médicos não recomendam que se faça duchas vaginais. Sabe por que?
As duchas vaginais acabam removendo essa defesa natural, além de desequilibrar o pH e contribuir para as infecções ginecológicas.
Por isso, lave a sua vulva com água corrente e use o sabonete adequado, pois não há necessidade de lavar a ppk lá dentro. Ok?
Evitar o uso de roupas apertadas e úmidas
O ideal é evitar o uso de roupas muito justas, como legging, meia calça e principalmente calças e shorts jeans.
Inclusive, é muito importante evitar permanecer com biquínis ou maiôs úmidos por muito tempo.
O indicado é que as suas calcinhas sejam com o tecido de algodão, pois esse tecido é leve e permite que a ppk respire…
Aliás, não esqueça de tirar a calcinha para dormir, viu?
Vaginite por trichomonas
A vaginite por trichomonas – também chamada de tricomoníase – é causada por um parasita chamado Trichomonas vaginalis.
A tricomoníase é uma doença sexualmente transmissível.
O parasita viaja de pessoa para pessoa através do contato genital durante o sexo ou de brinquedos sexuais compartilhados.
A tricomoníase não é transmitida por contato físico normal, como abraços, beijos ou sentar no vaso sanitário.
Além disso, não pode ser transmitido por contato sexual que não envolva os órgãos genitais.
Nas mulheres, esse parasita infecta principalmente a vagina e a uretra – o tubo que transporta a urina para fora do corpo.
Nos homens, a infecção afeta mais comumente a uretra, mas a cabeça do pênis ou da próstata.
Sintomas da tricomoníase
Apenas 30% das pessoas que contraem tricomoníase relatam algum sintoma.
Um estudo revelou que 85% das mulheres afetadas não apresentaram quaisquer sintomas.
Quando ocorrem, os sintomas geralmente começam 5 a 28 dias depois que a pessoa contrai a doença.
Os sintomas mais comuns entre pessoas com vaginas são:
- Corrimento vaginal com cheiro desagradavel e com cor verde-amarelado;
- Ardência ou coceira;
- Vermelhidão ou inchaço;
- Necessidade frequente de fazer xixi;
- Dor e/ou queimação ao fazer xixi;
- Desconforto durante a relação sexual.
Os sintomas mais comuns em pessoas com pênis são:
- Secreção da uretra;
- Ardência ao urinar ou após a ejaculação;
- Dor, inchaço e vermelhidão ao redor da cabeça do pênis;
- Necessidade frequente de urinar.
Como falamos, muitas pessoas não desenvolvem sintomas, por esse motivo é essencial ir regularmente ao consultório médico.
Tratamento para tricomoníase
É improvável que a tricomoníase desapareça sem tratamento, mas pode ser tratada de forma eficaz com antibióticos.
Sendo assim, é importante completar todo o tratamento com antibióticos e evitar fazer sexo até que a infecção desapareça.
Seu parceiro sexual atual e quaisquer outros parceiros recentes também devem ser tratados.
É importante lembrar que a automedicação pode trazer efeitos colaterais graves…
Sendo assim, só faça o uso de medicamentos com prescrição médica, certo?
Bom, chegamos ao fim de mais um conteúdo recheado de curiosidades e informações aqui no Blog da Fleurity!
Esperamos que você tenha gostado e todas as suas dúvidas tenham sido esclarecidas.
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