Com vários apelidos, ela ainda é vista como um bicho de sete cabeças e cercada por desinformações, tabus e preconceitos…
Devido a todo esse tabu que a cerca, muitxs não se sentem confortáveis para conversar sobre o assunto nem com os próprios médicos...
Estamos falando dela: a vagina!
E já começamos pela primeira confusão que é feita: o que muita gente chama de vagina, na verdade, é a vulva!
Deixa eu te explicar: a vagina é a parte de dentro, o canal que liga a parte externa ao colo do útero...
Já a vulva é a parte externa, que é formada pelos pequenos lábios, parte externa do clitóris, grandes lábios e o monte pubiano!
A região vaginal e a vulva não devem ser tocadas apenas quando vamos lavar, sabe por quê?
Se tocar é importante para se conhecer e saber identificar os futuros problemas...
Conhecer bem a sua vulva é fundamental para saber como higienizar adequadamente no dia a dia e durante a menstruação…
Como também, saber identificar as mudanças que possam indicar algum tipo de infecção, doenças ginecológicas ou algo mais grave.
Ah! Não poderíamos esquecer de dizer que se tocar é um ato muito importante para o seu próprio prazer...
A masturbação é essencial para você conhecer quais os estímulos prazer, usando isso ao seu favor durante as relações sexuais...
Afinal, se você não conhece aquilo que te dá mais prazer, como a pessoa que você se relaciona irá saber?
Por esse motivo, a vulva e a vagina devem ser encaradas como qualquer outra parte do corpo e precisam ser tocadas sem medo!
Pensando nisso, neste conteúdo vamos descobrir informações curiosas e suuuper relevantes para você conhecer mais sobre a genitália feminina!
A vagina e a vulva são diferentes
Você sabe qual é a diferença entre vulva e vagina?
A maioria de nós chamamos de vagina para se referir a tudo que está entre as pernas, ou até mesmo, damos apelidos carinhosos...
Mas, o que chamamos vagina – ou de algum apelido – é na verdade somente uma das partes do órgão sexual feminino!
A parte externa do órgão, é chamada de vulva, que é composta pelos lábios internos e externos, além do clitóris e a abertura para a vagina...
A vagina é a parte interna do órgão, juntamente com o útero, ovários e trompas.
Quando nos agachamos sem roupa e pegamos um espelho para observar, o que vemos no reflexo é a vulva!
E, você, sabe quais são as partes que fazem parte da vulva? Confira quais são elas:
- Clitóris: órgão sexual relacionado ao prazo sexual;
- Hímen: membrana localizada na entrada da vagina que normalmente é rompida durante a primeira relação sexual;
- Parede vaginal: a vagina é formada por duas paredes, as quais apresentam três camadas: a mucosa, a muscular e a adventícia;
- Glândulas de Bartholin: localizadas dos dois lados das paredes vaginais, são responsáveis por secretar um líquido lubrificante durante a relação sexual;
- Colo do útero ou cérvix: localizado no fundo da vagina, representa a porção inferior do útero e onde encontra-se a sua abertura.
Se você pegar os dedos e afastar os lábios é possível ver apenas a entrada da vagina, que é um canal interno.
Não dá para perder nada dentro da vagina
Quem nunca ficou com medo de colocar algo interno e “perder” dentro da vagina?
Aliás, muitxs já relataram que tinham – ou ainda têm – medo de usar o coletor menstrual por esse motivo!
Mas, fique tranquilx…
Felizmente, não tem como perder algo dentro da vagina, dessa forma, você pode ter certeza que se entrou, vai sair, ok?
Afinal, não há nenhum tipo de “portal” dentro da vagina que faça as coisas desaparecem ou transitarem dentro do nosso corpo!
A vagina tem o fundo fechado, como se fosse um copo…
A abertura seria a entrada da vagina e o fundo do copo seria a sua parte final...
O final da vagina se encaixa ao colo do útero, que, daí sim, tem uma abertura...
Mas a abertura do colo do útero é muuuito pequena, tão pequena que não é possível entrar um objeto, por menor que seja ele.
Sendo assim, se o motivo pelo qual você ainda não usa o coletor menstrual ou disco menstrual é o medo de ficar preso dentro da vagina…
Não tem mais por que alimentar esse medo, né?
Se joga nesse conteúdo que separamos para você tirar todas as suas dúvidas e conhecer tuuudo sobre o coletor menstrual!
Veja em: Tudo o que você precisa saber sobre coletor menstrual
A vagina faz a sua própria limpeza sozinha
A vagina é uma região do nosso corpo que precisa de cuidados, mas ela também sabe se virar sozinha. Viu?
“Ué, como assim se virar sozinha?”
Bom, eu vou te explicar isso certinho…
No nosso canal vaginal, está presente o muco cervical…
O muco cervical contém anticorpos que protegem e impedem que as bactérias localizadas na vulva consigam chegar até o útero…
Sendo assim, quando o muco cervical é expelido, ele passa por todo canal vaginal levando as bactérias “para fora” junto com ele. Entendeu?
Dessa maneira, a parte íntima da vagina consegue criar uma espécie de barreira protetora para infecções, como a infecção urinária, por exemplo.
Sendo assim, uma das funções dele é impedir que as bactérias localizadas na área vaginal consigam chegar até o útero…
Devido a essa característica de autolimpeza, os médicos não recomendam que se faça duchas vaginais. Sabe por que?
As duchas vaginais acabam removendo essa defesa natural, além de desequilibrar o pH e contribuir para as infecções ginecológicas.
Por isso, lave a sua vulva com água corrente, pois não há necessidade de lavar a ppk lá dentro. Ok?
Quer saber mais sobre o muco cervical e descobrir curiosidades inusitadas?
Confira clicando aqui: 6 curiosidades inusitadas sobre o muco cervical e que você não sabia!
Há milhares de bactérias na vagina
Além de bactérias, também há fungos e vírus – e isso é suuuper normal pois são eles que formam a microbiota vaginal.
Chamada de Lactobacillus, essa bactéria é considerada saudável e habita na vagina constituindo cerca de 70% de todas as bactérias vaginais!
Na idade reprodutiva pode haver até 10 milhões dessas bactérias em cada grama de corrimento vaginal em determinados momentos do ciclo menstrual.
Essa quantidade imensa de microrganismos é essencial para a saúde dos nossos órgãos sexuais e reprodutores.
A função dos Lactobacillus é formar uma barreira protetora contra as bactérias que causam as doenças ginecológicas.
Além disso, esses microrganismos também são responsáveis pelo pH ácido característico da vagina que protege de infecções e desequilíbrios.
Ter corrimento vaginal é normal?
A resposta é: depende!
O corrimento vaginal é considerado normal quando ocorre em pequena quantidade e não apresenta odor ou sintomas específicos.
No entanto, quando há corrimento com cheiro forte, isso não é um bom sinal…
O corrimento com odor pode indicar doenças ginecológicas, que geralmente são causadas por infecções virais, fungos ou bactérias.
Vamos conferir quais são as características diferentes entre muco cervical e corrimento vaginal:
- Cheiro desagradável;
- Dores nos órgãos;
- Alterações na coloração;
- Desconfortos locais, como ardor ou coceira.
Esses sintomas são características do corrimento vaginal e costumam aparecer para sinalizar quando há algo de errado!
Afinal, o corrimento vaginal só é considerado normal quando não apresenta cheiro forte, dores ou coceira na vagina. Lembra?
Caso você perceba qualquer alteração que cause algum desses sintomas, busque o auxílio de um especialista.
Dessa forma, ele(a) irá analisar, examinar o caso e indicar o tratamento adequado para você! :)
O cheiro e o gosto da vagina mudam
O pH saudável da vagina é ácido, sendo assim, ela possui um odor e gosto bem característicos.
É possível perceber um leve cheiro e gosto metálico quando estamos perto de menstruar e durante o período menstrual, por exemplo.
Muitxs também percebem o cheiro mais acentuado durante o período fértil, além do gosto mais “adocicado”.
Durante e após o sexo também é normal que, devido à lubrificação, o odor fique um pouco mais forte.
Ou seja, se você está saudável, então sua vagina não deve cheirar quase nada.
O gosto e cheiro da vagina, lubrificação e o muco influenciados pelo pH vaginal e podem variar devido a diversos fatores, sendo eles:
- A fase do ciclo menstrual;
- Como é feita a limpeza vaginal;
- Quais são os produtos usados na vagina;
- Alterações hormonais;
- Após as relações sexuais.
Sentir um cheiro na região é normal, principalmente após os fatores citados logo acima...
Mas, se você percebe que há um cheiro forte na vagina durante o dia a dia, isso pode ser um indicativo de algum problema de saúde!
Por esse motivo, é muito importante conversar com um(a) ginecologista e manter os exames sempre em dia!
Bom, chegamos ao fim de mais um conteúdo por aqui no Blog da Fleurity!
Eu espero que você tenha gostado e todas as suas dúvidas tenham sido esclarecidas!
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Beijinhos, até o próximo conteúdo :)