Tem sentido uma grande dificuldade de perder peso ainda que tenha uma alimentação equilibrada e faça exercícios físicos frequentes? O cabelo tem caído em excesso, ao mesmo tempo em que se sente cansada frequentemente, mesmo quando não há um esforço físico grande?
Fique atenta! Os sinais, que muitas vezes são sentidos por anos sem uma causa diagnosticada, podem ser sintomas de hipotireiodismo.
Principalmente pela falta de informações a respeito, especialistas estimam que cerca de 40% das pessoas com disfunção na tireoide não estão com o tratamento adequado.
Reunimos, então, tudo o que você precisa saber a respeito do hipotireoidismo, incluindo todos os sintomas, causas e tratamento. Confira agora!
O que é a tireoide?
Antes de mais nada é fundamental entender o que é a tireoide e a importância para o funcionamento do nosso organismo.
A tireoide é uma glândula localizada na parte inferior do pescoço, que fica envolta da traquéia, responsável pela produção dos hormônios T3, T4, triiodotironina e tiroxina.
Apesar de pequena, a tireoide tem importante função para o funcionamento do nosso corpo, já que os hormônios produzidos pela glândula estão diretamente relacionados à funções vitais que vão desde a formação do feto na barriga da mãe, ao controle da frequência cardíaca e produção de massa muscular.
A produção hormonal realizada pela tireóide é controlada pelo cérebro, a partir de comandos enviados pela hipófise na forma do hormônio TSH. Parte da sua produção é estocada para consumo posterior e o restante é distribuído pelo corpo através do sangue, sendo direcionado para diversos órgãos.
Quando há uma disfunção entre os comandos e, consequentemente, na produção da tireóide ocorrem problemas como o hipotireoidismo (baixa produção hormonal) e o hipertireoidismo (produção hormonal excessiva) - gerando sintomas e desconfortos específicos em cada um desses diagnósticos. Entre os dois, os casos de hipotireoidismo são mais comuns do que as disfunções que consistem no excesso de produção por parte da tireóide.
Como os hormônios produzidos pela tireóide são fundamentais em todas as fases da vida, as alterações no funcionamento da glândula podem afetar nosso organismo em todas as fases da vida. Quando bebê, por exemplo, o hipotireoidismo é analisado através do “teste do pezinho” - realizado entre o terceiro e o sétimo dia de vida do recém-nascido.
Apesar disso, os casos de baixa produção da tireóide são mais comuns em mulheres a partir dos 40 anos de idade - principalmente aquelas que têm familiares próximos com hipotireoidismo.
Especialistas estimam que as mulheres tenham 7 vezes mais chances do que os homens de desenvolver a disfunção gerada pela baixa produção da tireóide.
Considerando a importância de se espalhar informações a respeito do hipotireoidismo, o tema entrou no calendário mundial como o Dia Internacional da Tireoide, comemorado todo dia 25 de maio a partir de uma iniciativa da Federação Internacional de Tireoide.
Sintomas do hipotireoidismo
Agora que você já sabe a importância dos hormônios produzidos pela tireóide é possível também imaginar como a baixa produção por parte da glândula é capaz de afetar o desempenho do nosso corpo, não é mesmo?
De maneira geral, quando os hormônios são produzidos em menor quantidade pela tireoide - o que caracteriza o hipotireoidismo -, o metabolismo cai acentuadamente e o organismo como um todo funciona de maneira mais lenta.
Sintomas do hipotireoidismo:
- Sonolência e cansaço acentuados
- Ganho de peso e/ou dificuldade de perder peso
- Alterações frequentes no humor
- Perda de memória e/ou dificuldade de concentração
- Pele seca
- Prisão de ventre
- Unhas fracas
- Queda de cabelo
- Pés e mãos gelados
- Menstruação irregular
- Anemia
No caso das mulheres, o hipotireoidismo pode ainda afetar diretamente o ciclo menstrual - que também é regulado por hormônios.
Apesar de não ser uma doença grave, pode progredir e fazer com que outras complicações influenciam negativamente no organismo do paciente. Por isso, em caso de qualquer sintoma, o ideal é consultar um endocrinologista, especialidade médica capaz de diagnosticar e tratar as disfunções na tireóide.
Para o diagnóstico conclusivo, no exame clínico, o endocrinologista examina a região do pescoço para ver se há alguma alteração no tamanho e/ou formado da tireoide. Posteriormente, para confirmar se a glândula está trabalhando lentamente, é solicitado exame de sangue para avaliar as taxas hormonais do paciente.
O hipotireoidismo afeta a gravidez?
Infelizmente a resposta é sim! Quando não controlado, o hipotireoidimos apresenta um grande risco ao bebê, que depende - principalmente nas primeiras semanas da gestação - exatamente dos hormônios liberados pela tireóide da mãe, já que o feto ainda não consegue produzir os seus próprios, para seu desenvolvimento cognitivo.
Quando o bebê não tem o aporte necessário dos hormônios nesse período, as consequências para a saúde dele podem envolver alterações da cognição, diminuição do quociente de inteligência e dificuldades na fala.
Como prevenção, o ideal é realizar exames laboratoriais para verificar os níveis hormonais da mulher ao planejar a gravidez, antes do início da gestação. Caso o hipotireoidismo seja diagnosticado, o endocrinologista poderá repor os hormônios necessários e preparar o corpo da paciente para tudo estar em ordem para uma gravidez saudável.
Lembrando ainda que é possível que a mulher desenvolva um hipotireoidismo durante a gestação ou no pós-parto de maneira temporária, pelas grandes oscilações hormonais no período. Nesses casos, após o tratamento, a produção da tireóide tende a ser normalizada.
Tratamento contra o hipotireoidismo
De forma geral, o tratamento contra o hipotireoidismo inclui a dosagem hormonal na forma de comprimidos de via oral, para compensar a quantidade que não é produzida pela tireóide - o que irá variar de acordo com cada paciente diagnosticado.
Além da prescrição da reposição hormonal, o tratamento também inclui mudanças no estilo de vida para incluir hábitos saudáveis - alimentares e de exercícios físicos - que vão colaborar com a correta produção por parte da tireóide. Geralmente, os sinais de melhora no hipotireoidismo começam a surgir cerca de 2 semanas após o início do tratamento.
O conhecimento liberta, assim como também cuida, não é mesmo?
Afinal, entendendo nosso corpo e nos atentando aos sinais que ele nos dá, é possível identificar qualquer problema logo que ele apareça.
Para quem quiser saber mais a respeito de questões que impactam diretamente à saúde da mulher, no blog da Fleurity é possível encontrar diversos outros conteúdos aprofundados que vão desde formas para lidar melhor com a TPM, até disfunções como a vaginite e candidíase. Confira e conheça ainda mais o seu corpo!