A candidíase é uma infecção causada por um fungo chamado Candida Albicans que pode afetar qualquer órgão ou sistema do nosso organismo…
Porém, a candidíase vaginal é a mais comum, sendo considerada uma das principais infecções que atingem a vulva e a vagina!
Você sabia que até 75% das mulheres terão o problema ao longo da vida ao menos uma vez?
Pesquisas de associações de ginecologia também indicam que cerca de 45% das mulheres terão dois ou mais episódios desta infecção vaginal ao longo da sua vida.
Esses dados só mostram que a candidíase é algo muito comum...
E, embora não seja considerada uma infecção grave, ela deve ser tratada em consultório junto com um acompanhamento médico, viu?
“A automedicação e a consulta de balcão na farmácia devem ser evitados...
Os antifúngicos administrados via oral precisam ser usados com cautela...
Eles têm ação sobre o fígado e podem levar à hepatite medicamentosa.”
Revelou a Isabel Cristina Pereira da Cunha, ginecologista e obstetra da Clinipam, para o G1.
Sendo assim, o alerta que os especialistas deixam é: evite a automedicação antes de procurar o seu ginecologista!
Então, antes de ir preparar medicamentos caseiros que você viu na internet, vamos te contar neste conteúdo o que é a candidíase, quais os sintomas e como prevenir!
Vem com a gente e continue a leitura para conferir!
O que é a candidíase vaginal ou candidíase genital
Como já te contamos por aqui, a candidíase na vagina é uma infecção causada pelo fungo Candida Albicans. Certo?
Esse fungo está presente no nosso organismo em pequenas quantidades e vivem em equilíbrio com a flora vaginal.
Porém, quando o organismo está em desequilíbrio, a produção do fungo pode aumentar e desenvolver a candidíase...
Ou seja, a principal causa da candidíase está ligada à queda da imunidade e também às alterações do pH vaginal!
A candidíase gera uma inflamação no canal vaginal e na vulva, por esse motivo, ela também é conhecida como vulvovaginite por candida…
A inflamação provoca sintomas desconfortáveis e que comprometem a saúde da vagina...
Essa infecção é tão comum que 3 em cada 4 mulheres terão pelo menos um episódio de candidíase vaginal ao longo da vida.
Apesar de ser mais frequente em mulheres, a candidíase também pode surgir em homens. Sabia?
Normalmente, o tratamento é feito com pomadas ou remédios que eliminam os fungos que estão provocando a doença, ajudando no alívio dos sintomas.
Então, fique tranquilx, pois a candidíase tem cura!
Quais os sintomas da candidíase vaginal
Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, afinal, cada um tem o seu organismo, não é mesmo?
Há mulheres que relatam sentir apenas uma coceira no canal vaginal…
Em outros casos, algumas dizem sofrer com todos os sintomas da infecção vaginal – e que vamos listar quais são logo abaixo.
Afinal, a candidíase pode ser classificada como assintomática ou sintomática com graus diferentes, sendo: leve, moderada ou severa!
Você sabia que apenas 20% das mulheres são assintomáticas – não sofrem com nenhum sintoma – quando falamos em candidíase?
Por esse motivo, os sintomas são algo muuuito pessoal e cada pessoa sente os sintomas de formas diferentes!
Conheça os principais sintomas da candidíase vaginal:
- Coceira intensa na região genital;
- Dor e/ou ardência durante as relações sexuais;
- Dor e/ou ardência para fazer xixi;
- Inchaço, vermelhidão e ardência na região genital;
- Fissuras na mucosa, parecidas com assadura;
- Corrimento esbranquiçado que lembra a consistência de leite coalhado.
Os sintomas da candidíase podem se agravar antes de chegar o período menstrual devido às alterações dos níveis hormonais.
Por isso, é importante lembrar que ao apresentar esses sintomas você deve consultar o seu – ou sua – ginecologista…
Com o acompanhamento médico você terá o diagnóstico correto e fará os exames necessários para iniciar o tratamento adequado.
A candidíase pode ser transmitida durante o sexo?
A resposta é: depende!
A candidíase pode sim ser transmitida durante a relação sexual, masss, tem um porém...
Vamos entender certinho: a transmissão pode acontecer se o parceiro – ou parceira – sexual estiver com a imunização baixa e a outra pessoa estiver com a infecção ativa.
Mas, isso não significa que a candidíase é uma DST (doença sexualmente transmissível...
Como o fungo que desencadeia a candidíase já está presente no organismo essa infecção não é considerada uma doença sexualmente transmissível (DST)...
Afinal, essa infecção pode ocorrer em pessoas que nunca tiveram relações sexuais!
Ainda sim, ter relações sexuais durante o período de infecção não é indicado pelos médicos.
Conheça as principais causas da candidíase vaginal
Como já te falamos aqui, a principal causa da candidíase está relacionada com a baixa imunidade. Lembra?
Porém, existem outros fatores que podem favorecer a proliferação do fungo Candida Albicans.
Vamos conferir o que causa candidíase vaginal:
Uso de absorventes
O ciclo menstrual influencia na nossa saúde de diversas maneiras, inclusive, na flora vaginal.
A nossa imunidade sofre algumas mudanças que acontecem devido às alterações hormonais durante o período pré-menstrual…
Em razão disso, o nosso sistema imunológico fica mais vulnerável durante essa fase do mês.
Vamos te explicar melhor: com a chegada da menstruação há um aumento do número de fungos que vivem na região vaginal devido à descamação do endométrio...
Com isso, o pH vaginal fica desequilibrado, a temperatura fica mais elevada e a vagina mais úmida…
Essa situação cria um ambiente favorável para que haja a proliferação do fungo que ocasiona a candidíase.
Entendendo isso, agora, precisamos explicar o motivo pelo qual o absorvente piora toda essa situação…
Ao usar o absorvente, você estará abafando a região genital e impedindo que haja ventilação na mesma...
Dessa forma, o absorvente aumenta a umidade e a temperatura da vagina e a proliferação de fungos e bactérias fica ainda mais fácil!
Por esse e outros motivos, estamos sempre indicando o coletor menstrual!
Os absorventes descartáveis além de serem prejudiciais a nossa saúde íntima…
Contribui na produção de lixo e prejudica a saúde do nosso planeta também!
Além disso, muitas mulheres tendem a ter alergia aos materiais utilizados na fabricação dos absorventes tradicionais.
Por esse motivo, o coletor menstrual é a opção mais saudável para a nossa saúde íntima!
O coletor menstrual não causa alergias pois ele é feito de silicone medicinal hipoalergênico, ideal para ficar em contato direto com a sua mucosa vaginal.
É o mesmo material utilizado na confecção de chupetas e mamadeiras infantis e também em materiais cirúrgicos!
Quer saber mais sobre o coletor menstrual?
Veja aqui: Tudo o que você precisa saber sobre o Coletor Menstrual
Estresse e a ansiedade
A saúde física e emocional caminham lado a lado, concorda?
O estresse e a ansiedade são capazes de diminuir a resposta do nosso sistema imunológico para defender o organismo...
Então, se você possui uma vida agitada, tem poucas horas de sono, os níveis de estresse ficam elevados devido a sobrecarga física e mental…
Isso provoca uma série de desequilíbrios hormonais e favorece o surgimento de infecções por fungos, como é o caso da candidíase!
A TPM por si só pode colaborar para que a candidíase aconteça, já que durante esse período a maioria das mulheres sofrem com o estresse e as mudanças de humor.
Uso de roupas apertadas ou molhadas
Assim como no caso dos absorventes descartáveis, vestir peças apertadas ou molhadas acabam abafando a região genital…
Impedindo que haja ventilação e tornando a região mais úmida, abafada e quente ao mesmo tempo...
Uma situação que favorece a proliferação de fungos e contribui para o desenvolvimento da candidíase vaginal...
Por esse motivo, os especialistas indicam usar roupas largas, dormir sem calcinha ou usar as famosas calcinhas de algodão.
E as calcinhas de renda, pode?
Veja aqui quais as calcinhas mais indicadas: Escolhendo a calcinha certa para você!
Uso de antibióticos
Como te falamos aqui, o fungo responsável pela candidíase já existe na flora vaginal e convive em harmonia com outras bactérias que protegem a região.
Os antibióticos de amplo espectro são utilizados para combater infecções porém, além de eliminar as bactérias para tratar a infecção…
O medicamento também elimina e diminui a quantidade de bactérias que são consideradas "do bem" – aquelas que protegem a região vaginal.
Esse desequilíbrio contribui para que o fungo Candida albicans se multiplique e resulte na candidíase vaginal.
Outros fatores que contribuem para a candidíase
Todxs nós que temos vagina estamos suscetíveis a ter candidíase, viu?
Masss, existem algumas condições que podem ter mais chances de se desenvolver essa infecção.
Confira logo abaixo quais são esses fatores:
- Gravidez;
- Diabetes;
- Infecções sexualmente transmissíveis, como HIV;
- Uso de anticoncepcionais;
- Relações sexuais desprotegidas;
- Uso de duchas vaginais.
Prevenção da candidíase: o que fazer?
É essencial lembrar que o tratamento deve ser feito com acompanhamento médico e os medicamentos receitados por ele…
Porém, existem algumas ações que podem te ajudar a prevenir a candidíase e manter tudo ok com a sua saúde íntima!
Vamos conferir como se prevenir:
Evitar o uso de absorventes diários
Já te explicamos aqui que os absorventes e protetores diários favorecem a proliferação de fungos, e também, o desenvolvimento da candidíase...
Afinal, esses produtos desequilibram o pH vaginal, além de abafar a ppk, deixando a região genital úmida e quente!
A indicação é que os absorventes e protetores diários sejam evitados ou usados apenas em situações específicas.
Além disso, você também tem uma opção mais saudável…
Que é o coletor menstrual!
Realizar a higiene íntima adequadamente
Lavar a região genital somente com água e sabonete neutro é muuuito importante!
Mas, você também pode optar por sabonetes líquidos íntimos que são recomendados por serem especificamente para a região da vulva.
É importante lembrar que a nossa vagina faz a sua própria limpeza sozinha, então, a limpeza é feita apenas na parte de fora – ou seja, na vulva!
Devido a essa característica de autolimpeza, os médicos não recomendam que se faça duchas vaginais. Sabe por que?
As duchas vaginais acabam removendo essa defesa natural, além de desequilibrar o pH e contribuir para as infecções ginecológicas.
Por isso, lave a sua vulva com água corrente e use o sabonete adequado, pois não há necessidade de lavar a ppk lá dentro. Ok?
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Confira clicando aqui: 6 curiosidades inusitadas sobre o muco cervical e que você não sabia!
Evitar o uso de roupas apertadas e úmidas
O ideal é evitar o uso de roupas muito justas, como legging, meia calça e principalmente calças e shorts jeans.
Inclusive, é muito importante evitar permanecer com biquínis ou maiôs úmidos por muito tempo.
O indicado é que as suas calcinhas sejam com o tecido de algodão, pois esse tecido é leve e permite que a ppk respire…
Aliás, não esqueça de tirar a calcinha para dormir, viu?
Lavar e secar as roupas íntimas
Se você costuma lavar as suas calcinhas na hora do banho, é importante evitar que elas fiquem secando no banheiro…
Afinal, o banheiro é um ambiente úmido e que costuma ser pouco arejado, por esse motivo, a sua peça fica úmida por muito tempo…
Se tornando um ambiente perfeito para que ocorra a proliferação de fungos.
Oba! Finalizamos mais um conteúdo recheado de dicas e curiosidades por aqui.
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