Há algum bebê na sua família? Você pensa em ter filhos no futuro? Gosta de exercer a empatia, principalmente com as gerações que estão por vir? Se preocupa com a sua saúde? Esses são apenas alguns questionamentos que já devem fazer com que você se preocupe com o aquecimento global.
Isto é, já não é uma discussão apenas para quem trabalha diretamente com a natureza ou dentro da comunidade científica; é um problema público que, não apenas deve promover transformações nos hábitos e ações das pessoas, como fazer com que elas exijam posicionamentos de seus representantes políticos.
Assim sendo, se você ainda possui dúvidas sobre o que exatamente é o aquecimento global, quais as causas e consequências, bem como a aplicação do efeito estufa nessa discussão, confira abaixo.
O que é aquecimento global?
Em síntese, o aquecimento global é, como o nome sugere, o aumento da temperatura média, tanto dos oceanos, quanto da camada de ar que localiza-se próximo à superfície da Terra, conforme elucida a WWF-Brasil.
Essa alteração de temperatura ocorre por conta da emissão irrefletida de determinados gases na atmosfera que, por sua vez, causam o famoso efeito estufa. Eis a diferença entre os dois conceitos.
Efeito estufa e aquecimento global
Apesar da conotação ruim, o efeito estufa é o processo que garante que a terra mantenha-se em uma temperatura adequada para que a vida prospere. Se esse efeito não existisse, a Terra seria extremamente fria, o que causaria a inexistência de várias espécies.
Portanto, o verdadeiro problema reside no fato da emissão de gases poluentes, também chamados de gases de efeito estufa ou gases-estufa, que se acumulam na atmosfera e retém o calor.
Agora, quais são esses gases? Para entendê-los, é preciso mencionar um marco histórico: a Revolução Industrial.
Causas do aquecimento global
Com a Revolução Industrial (1760), as atividades econômicas passaram a depender de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão e gás. A queima desses combustíveis gera a emissão de gases de efeito estufa, que falávamos acima, como CO2, CFC, NxOx, CH4, entre outros.
Em outras palavras, são essas as substâncias que aprisionam o calor na atmosfera. Entre as principais atividades que emitem essas substâncias, estão:
- Desmatamento;
- Queimadas;
- Atividades industriais;
- Uso de combustíveis fósseis;
- Agropecuária;
- Lixo que não é reciclado.
Assim sendo, fica evidente que as causas do aquecimento global possuem uma relação direta com a atividade do ser humano na Terra. Ou seja, não é um acontecimento natural e, sim, antropogênico.
Aquecimento global: consequências
Muitas delas você já viu, como o derretimento das calotas polares da Patagônia ou inúmeras notícias de inundações de áreas em cidades litorâneas, por conta do nível do mar. Outras você já sentiu, como o aumento da radiação solar, além de chuvas e secas irregulares, bem como as estações do ano, que já não são mais demarcadas como eram.
Além dessas, há uma que talvez você não tenha tanto contato, mas que é tão alarmante quanto: a extinção de determinadas espécies em razão das condições ambientais adversas.
Como eu posso ajudar?
Muito se fala sobre o problema, pouco sobre a solução, não é mesmo? A verdade é que não há, de fato, uma solução e, sim, uma contenção de danos em relação às causas do aquecimento global E já que nós, seres humanos, possuímos responsabilidade sobre esse problema, nada mais justo que a gente tentar conter a situação.
Dessa forma, separamos quatro mudanças no seu dia a dia que podem fazer com que você ajude a proteger o planeta para as gerações futuras. E não só isso, mas para que você tenha uma qualidade de vida melhor.
Vá de bike
Com a popularização do preço dos automóveis há alguns anos, muitas pessoas da classe média e baixa conseguiram adquirir um carro que, até então, estava reservado para a classe alta da sociedade. E a democratização desse bem de consumo, que representa conforto e praticidade, é ótimo.
O problema está no fato de que, para que funcione, o carro aumenta de forma considerável a emissão de CO2 na atmosfera, logo, torna-se uma das causas do aquecimento global.
Portanto, a dica é utilizá-lo apenas quando necessário, para curtas distâncias ou em dias específicos da semana.
Além de ser um investimento menor do que um carro, andar de bicicleta acelera o seu metabolismo e ajuda a combater doenças como depressão e ansiedade. Ademais, não há nada melhor do que um ventinho no rosto para diminuir o estresse do dia a dia.
Considere o veganismo
A segunda dica pode ser a mais desconfortável para algumas pessoas, uma vez que, culturalmente, fomos ensinados a comer carnes e derivados de animais para obtermos os nutrientes necessários que o nosso corpo precisa.
No entanto, essa teoria caiu por terra e, a cada dia, enxergamos mais opções veganas à disposição nos mercados e restaurantes. E caso você esteja se perguntando a relação entre veganismo e aquecimento global, a gente explica.
Como visto anteriormente, entre as causas do aquecimento global, estão as queimadas, o uso de combustíveis fósseis, a produção desenfreada de lixo e a agropecuária.
Tratando-se do último ítem, a maior parte dos grandes produtores baseiam-se em modelos não sustentáveis para realizar o desflorestamento e abrir espaço para plantações e animais que, depois, serão abatidos para o consumo humano.
Assim sendo, as atividades da agropecuária são responsáveis pela emissão de quase um quarto dos gases de efeito estufa, conforme afirmam os dados do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU.
Por esse motivo, “a dieta vegana resulta na remoção total de 547 Gt CO2, o que equivale a cerca de 16 anos de emissões de combustíveis fósseis”, segundo dados da Fundação Instituto de Administração (FIA).
Mudança drástica
Muitos consideram o veganismo uma mudança muito radical e desnecessária, uma vez que envolve uma nova forma de pensar a alimentação. Outras pessoas admiram, mas acreditam que é um movimento muito complicado dado a pressão social.
De fato, tornar-se vegan do dia para noite não é fácil e provavelmente não dará certo se esse for o seu objetivo. Logo, o melhor caminho é começar de forma gradual.
Isto é, você deixa de comer carne em um dia específico da semana, depois de um tempo, torna-se vegetariana até sentir-se confortável para adentrar o veganismo.
Essa “atitude drástica” estará ajudando o planeta Terra, bem como preservando a vida de inúmeros animais. Além disso, você fará novos amigos, participará de novas discussões e passará a olhar o mundo de uma outra forma.
Para mais informações, você pode assistir ao documentário “Cowspiracy: o segredo da Sustentabilidade”, disponível na Netflix.
Consuma de forma consciente
O consumo consciente depende de um fator pouco mencionado: organização. Mas, acalme-se, não vamos indicar o livro da Marie Kondo (apesar de ser uma boa leitura). Por organização, estamos falando de ter controle de tudo o que você possui em casa, incluindo os produtos dentro da geladeira e armários.
Isto é, antes de comprar uma roupa nova, por exemplo, olhe para o seu guarda-roupas e pense se você já não possui o que precisa. Caso contrário, considere adquirir roupas, acessórios e sapatos que já foram produzidos (brechós). Se você não se sente confortável em utilizar o que já foi de alguém, lembre-se que basta lavar o item antes de utilizá-lo.
Faça o mesmo para objetos da casa. Ou seja, faça o exercício de avaliar se aquilo que você deseja é necessário ou algo passageiro. Caso for indispensável, compre em lojas que desenvolvam móveis de forma consciente, por exemplo - com madeiras de reflorestamento.
Falando em descarte, na hora de substituir algo “velho” por produto novo, pesquise se alguma ONG, instituição ou santuário da sua cidade não está precisando e pratique o desapego. Essa atitude fará bem para sua alma e coração.
Na hora de ir ao mercado, confira os itens que você já possui em casa para não comprá-los em dobro e auxiliar na produção de lixo. Em relação a alimentos perecíveis, substitua o rancho por visitas semanais à feira ou mercado. Dessa forma, nada ficará estragado e você evitará desperdícios de alimentos.
Para mais informações, você pode assistir ao documentário “Minimalism: A Documentary About the Important Things”, disponível na Netflix.
Embalagens descartáveis
Surfando na onda do consumo consciente, vimos acima que uma das causas do aquecimento global é a produção de lixo, correto? À vista disso, não é novidade que a forma com que você se relaciona com a sua menstruação também pode ser revista, principalmente se você utiliza absorventes descartáveis, sejam os normais ou internos (famosos O.B.).
De acordo com dados do Instituto Akatu, divulgados pelo O Globo, “uma mulher pode acumular cerca de 200 quilos de lixo somente em absorventes descartáveis”. E se considerarmos o fato de que a maioria é feita de plástico, eles demoram mais de 400 para se decompor. É muito tempo!
Portanto, pense em substituir o descartável por um coletor menstrual, um disco menstrual ou um absorvente reutilizável - caso você precise se acostumar de forma gradual.
Além de serem reutilizáveis, os produtos acima são seguros, confortáveis e desenvolvidos pela Fleurity, uma empresa que compensa a emissão de todos os produtos e possui o selo EuReciclo.