Já foi interrompida por um homem? Conheça o que é manterrupting e outras atitudes machistas

Já foi interrompida por um homem? Conheça o que é manterrupting e outras atitudes machistas

A luta em prol da emancipação da mulher em um país extremamente machista, como o caso do Brasil, é constante e não linear,  uma vez que passa por inúmeros atravessamentos, como questões econômicas, de raça, PcD, orientação sexual e identidade de gênero

Em outras palavras, o que pode ser compreendido como um grande avanço para uma mulher branca, pode não fazer parte da realidade de uma mulher negra, principalmente se ela vive em situação de vulnerabilidade social. 

Assim sendo, agarrar-se às conquistas é satisfatório, pensar que já evoluímos bastante nos dá esperança, mas compreender a mudança de forma crítica é o que nos fortalece para seguirmos em direção a uma sociedade mais igualitária.

Nessa lógica, é importante compreender que, sim, existem problemas que já são respaldados pela mídia e estão na mira de políticas sociais,  mas também há atitudes sutis, provindas de um machismo arraigado, às quais devemos conhecer. 

Algumas dessas atitudes são chamadas de manterrupting e mansplaining e acontecem tanto no trabalho, na família ou nas relações afetivas. Saiba o que elas significam e como identificá-las.

O que é manterrupting?

Manterrupting é um termo em inglês que nasce da junção de duas palavras: man (homem) e interrupting (interrupção); algo que você provavelmente já viveu, mas não se deu conta. Trata-se do momento em que um homem interrompe uma mulher antes dela concluir seu pensamento, dando indícios de que a fala dela não agrega nada à discussão.

Sim, a interrupção, muitas vezes, independente do gênero, e pode ser entendida como falta de educação. No entanto, a diferença é que no manterrupting, ela ocorre somente quando uma mulher está falando. Se outro homem está discursando, dificilmente ele será interrompido abruptamente. 

Além disso, quando a interrupção acontece, ela não é seguida de um “desculpe atrapalhar a sua fala, gostaria apenas de fazer um adendo” ou algo do gênero. Portanto, fique atenta aos sinais. 

Como lidar com manterrupting?

O primeiro passo é não sentir-se envergonhada na hora de bancar um lugar que é seu por direito. Afinal, todos possuem uma experiência de vida, tal como uma vivência e conhecimento, logo, por qual motivo o seu discurso deve ser invalidado?

Portanto, ao ser interrompida por um homem, não tenha medo de interceder e retomar a sua ideia. Afinal, o que você tem a dizer, independente do seu gênero, é tão importante quanto o de qualquer homem. 

Por fim, se for confortável para você e, acima de tudo, se você perceber, a partir desse texto, que o manterrupting ocorre com frequência, “dê nome aos bois” e indique que o indivíduo está performando uma atitude machista.

Se ele for uma pessoa disposta a evoluir, pensará duas vezes antes de interromper a fala de uma mulher novamente. 

Mansplaining e manterrupting

Além do manterrupting, existe o mansplaining. O termo é composto pelas palavras man (homem) e explaining (explanar ou explicar) e refere-se ao momento em que um homem explica algo óbvio para uma mulher, como se ela não fosse intelectualmente capaz de compreender.  

O mansplaining também ocorre no momento em que, após a mulher ter explicado algo, o homem toma a palavra e discorre sobre o mesmo assunto, chegando na mesma conclusão, só que com outras palavras. 

Segundo o Think Olga, o termo mansplaining foi popularizado pela escritora norte-americana Rebecca Solnit ao contar o caso de um homem que tentou explicar sobre do que se tratava um livro que, adivinhem? Ela havia escrito. O ocorrido está presente em “Os Homens Explicam Tudo para Mim”, de 2008.

Um outro exemplo sobre mansplaining pode ser visto no seriado Friends, durante a oitava temporada, quando Ross sugere que as dores que Rachel, grávida, está sentindo não são motivo de alarde, uma vez que são “contrações de Braxton Hicks”. Ela, prontamente, responde: “Se você não tem útero, não opine". 

Origem da expressão “macho palestrinha”

Tanto manterrupting quanto mansplaining são termos oriundos do inglês. No entanto, como esse comportamento não é exclusivo de países que falam a língua inglesa, o Brasil inventou a tradução “macho palestrinha”. 

De certa forma, a expressão macho palestrinha (maravilhosa, diga-se de passagem) engloba tanto o homem que interrompe a fala de mulheres, quanto o que tenta explicar o óbvio. 

E o manspreading?

Agora que você já sabe o que significa manterrupting e mansplaining, hora de falar sobre o manspreading (ou man-sitting), também conhecido como “bolas de ouro” pelas brasileiras. 

O termo em inglês significa “a expansão do sexo masculino” e refere-se aos homens que se sentam de pernas abertas em lugares públicos, principalmente em transportes como ônibus e trem, como se tivessem “bolas de ouro”, ocupando mais espaço do que deveriam e, muitas vezes, encurralando as mulheres.

Nesse tipo de situação, a saída é cutucar o indivíduo e solicitar que ele feche as pernas para que você possa sentar-se de forma mais confortável. Ou seja, sem precisar ficar caindo do banco ou espremida contra a janela. 

Enfim, mansplaining, manspreading e manterrupting são comportamentos antigos que, há alguns anos, foram nomeados para sinalizar o machismo nas relações. 
Isso porque a mulher ainda não é vista como um ser público e “quando ela assume determinados espaços, acaba sendo desvalorizada”, contextualiza a fundadora da ONG Think Olga, Juliana de Faria, ao Instituto Claro.

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