Todo mundo sabe que é importante ir ao ginecologista, mas você sabia que existem exames ginecológicos de rotina que não se pode deixar de fazer de forma alguma?
Muito mais do que um check-up, eles são importantes para identificar uma série de doenças sérias que não apresentam sintomas no começo, mas que podem ser facilmente detectadas por um profissional, como o câncer e o HPV.
Por isso, continue a leitura e descubra já quais são os exames que você precisa pedir ao seu ginecologista na sua próxima consulta. Confira!
Quais são os exames ginecológicos de rotina?
Depois da primeira menstruação, é fundamental ir ao ginecologista pelo menos uma vez por ano para fazer os exames ginecológicos de rotina, como exame preventivo e o exame de mamas.
Geralmente, os exames mais importantes são:
Papanicolau
O papanicolau é o famoso exame preventivo do ginecologista. Esse é um dos exames ginecológicos de rotina mais importantes e serve para diagnosticar o câncer de colo de útero ou lesões que podem evoluir para um câncer.
Como é um exame preventivo, é importante que o papanicolau seja realizado anualmente a partir da primeira relação sexual. Assim, é possível identificar qualquer tipo de problema na saúde íntima logo no início.
Para isso, o médico faz uma raspagem de células do colo do útero e do canal vaginal e envia a amostra para um laboratório. Apesar da ideia assustar, o exame preventivo não dói e é muito simples e rápido.
Além do câncer, esse exame também pode identificar doenças como:
- Candidíase;
- Vaginose;
- Infecções sexualmente transmissíveis;
- Cistos no colo do útero.
👉 Fique atenta! O papanicolau é oferecido de graça pelo SUS. Ou seja, não tem desculpa para não cuidar da sua saúde íntima!
Toque vaginal
O exame de toque vaginal é um dos exames ginecológicos mais importantes para a saúde íntima da mulher. Através desse exame, é possível identificar condições importantes, como a endometriose e outras doenças inflamatórias pélvicas.
Para fazer o exame de toque, a mulher precisa ficar deitada enquanto o especialista insere os dedos de uma mão na vagina e mantém a outra no abdômen. Apesar de desconfortável, esse exame é importante para identificar irregularidades na vagina ou no colo do útero, como:
- Miomas;
- Cistos;
- Endometriose;
- Alteração no volume dos ovários;
- Infecções diversas;
- Malformações do útero.
Como é um exame ginecológico mais invasivo, o toque vaginal deve ser feito apenas em pacientes que já tenham iniciado a vida sexual. Em situações saudáveis, ele não é dolorido, mas ainda assim pode ser desconfortável, já que é muito íntimo.
Colposcopia
A colposcopia é um exame feito com uma espécie de microscópio para analisar a vulva, a vagina e o colo do útero. Geralmente, o ginecologista pede esse exame quando encontra alguma alteração no toque vaginal ou no papanicolau.
Além disso, a colposcopia pode ajudar a identificar:
- HPV;
- Câncer de colo de útero;
- Câncer de vagina ou de vulva;
- Inflamações no útero;
- Tumores vaginais;
- Verrugas genitais ou outras lesões.
Para ver em detalhes a região íntima, a mulher deve ficar deitada com as pernas abertas. O médico também pode usar um espéculo para manter o canal vaginal aberto durante o exame e aplicar produtos que ajudem a identificar alterações nas paredes vaginais ou no colo do útero.
A aplicação desse tipo de produto pode causar ardência na região íntima, mas o exame em si é totalmente indolor. Então, não precisa se preocupar caso o seu ginecologista peça uma colposcopia.
Transvaginal
O exame transvaginal, também conhecido como ultrassonografia transvaginal, é um dos exames ginecológicos mais comuns nos exames de rotina. É um exame obrigatório, por exemplo, para mulheres que querem colocar o DIU.
Na prática, o transvaginal é feito introduzindo um pequeno aparelho que produz ondas de som dentro da vagina. Essas ondas chegam até o útero e os ovários e são transformadas pelo computador em imagens dos órgãos internos.
Com esse exame, é possível identificar:
- Gravidez ectópica;
- Ovários policísticos;
- Endometriose;
- Câncer;
- Infertilidade;
- Cistos;
- Infecções.
Além disso, fazer o exame transvaginal na gravidez é indiciado para identificar sinais de aborto, examinar a placenta e até mesmo monitorar os batimentos cardíacos do bebê.
👉 Veja também: Tipos, causas, leis e estatísticas sobre o aborto
Exame da mama
O primeiro passo para identificar qualquer problema nos seios é o auto toque. Ainda assim, o exame da mama também é sempre frequente nos exames ginecológicos de rotina, já que o câncer de mama é a principal causa de mortes por câncer entre as mulheres.
O próprio médico pode realizar o exame da mama apalpando a região para encontrar algum nódulo. Se houver qualquer suspeita, ele pode pedir um ultrassom da mama para ter um diagnóstico mais preciso.
Mas, atenção! Ultrassom da mama não é a mesma coisa da mamografia. Na verdade, ele é um complemento para a avaliação do médico. Principalmente no caso de mulheres com seios grandes, o que pode interferir no resultado do exame.
Lembre-se: todas as mulheres precisam fazer o exame da mama regularmente, mas mulheres com mais de 40 anos precisam fazer a mamografia completa todos os anos, principalmente se houver histórico de câncer na família.
Até a data da sua próxima consulta, lembre-se que cuidar da sua saúde íntima é uma das maiores formas de autocuidado que podemos ter. Por isso, além de manter os exames ginecológicos em dia, busque informação sobre o seu corpo!
No blog da Fleurity, temos uma série de conteúdos sobre menstruação, hormônios femininos, doenças que atingem as mulheres e tudo o que você precisa saber para cuidar de você com mais carinho. Até lá! ❤️